Papai Noel Repaginado


O natal está aí outra vez e, me sinto um tanto quanto revoltada com este tal de Noel que já me excluiu de suas visitas faz tempo. Ou será que fui eu que o esqueci? Bom, não importa. O fato é que me dei conta de que, entra ano e sai ano, o cara barbudo continua firme, com sua sufocante roupa vermelha e desconfortáveis botas pretas, sendo o representante oficial da data. Poxa! Nem com toda esta evolução tecno–científica-comportamental o cara se dignou a renovar o guarda-roupa, fazer uma dieta ou passar num cabeleireiro?
Perdoem-me os conservadores, mas acho que se tudo muda o tempo todo no mundo (segundo Lulu), Noel também deveria ser repaginado.Sabe com é? Deixar o “papai” de lado e assumir o lado “brother” de ser. De igual para igual, num tête-à-tête puxar um papo com a rapaziada de todas as idades sem precisar sair disfarçadamente pela chaminé de casas que nem lareira têm.
E esta história de trenó e renas, então... A figura natalina poderia chegar de carro, de moto, a pé, sei lá! Chegar e não ter hora para voltar. Passar uma noite inteira de bate-papo, filosofia, cantoria, nostalgia o que der na telha e pingar no coração. Sem se preocupar com o saco.
Saco nestas alturas do campeonato também não dá, né?! Muito mais atual vir abraçado numa montanha de presentes, equilibrando-se elegantemente para não se estatelar no primeiro degrau que surgir à frente, ou, ainda melhor, vir sem nenhum presente, mas com uma montanha de abraços, daqueles que a gente se joga dentro e não quer mais sair.
Não me leia como uma devoradora de vovozinhos, nem me julgue uma pseudo-marketeira recalcada. Garanto que não pretendo exterminar o personagem do conto de dezembro, nem criar outra “logopessoa” e, muito menos acabar com a fantasia. Pelo contrário, só gostaria que esta magia fosse um pouco mais real.Adoraria transformar Noel em outro cidadão de nome qualquer. Alguém de pés no chão, à minha altura. Ao alcance dos meus lábios e dos meus ouvidos para que pudéssemos trocar confissões e sonhos na noite de natal. Entende?
Que tal colocarmos este plano em prática? Topa?
Ok! Preste atenção! Vou lhe dar um presente.
Não! Não vou tirá-lo de nenhum saco. Ele está aqui, atrapalhando minha visão, agarrado a mim... Juntinho do meu coração... Um minutinho.... Trouxe um abraço para você!!!! Opaaaa! Pegou?
Se olhar com cuidado, verá que junto dele tem também um beijo e um cartão ultramoderno! Como é feito de matéria invisível, talvez não consiga lê-lo...Saiba que nele está registrado o meu todo o carinho e admiração por você. E ainda, num subscrito final, carimbei “Hip-hip- hurra!”. Que representa a minha torcida para que você vença em tudo aquilo que tentar.
Ah! Já ia esquecendo... Não sou seu papai, nem sua mamãe, mas tenho que lhe aconselhar.
“Se não tentar, nunca irá vencer!”.
Também não estou vestindo um conjunto vermelho e botas pretas, mas pode acreditar...
“ Não importa como os outros vêem você, e sim, como você se vê.”
Tampouco tenho barbas e longos cabelos brancos, mas posso garantir...
 “Os únicos números que marcam a vida são os que contam as emoções sentidas.”
Enfim, não moro no Pólo Norte, não me chamo Noel, nem vim de trenó. Mas estou aqui para garantir...
 “Papai noel é simplesmente alguém que faz o seu natal ser mágico!” -  Ho-ho-ho!  
                                   

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