Ébrio



Vem à tona de repente
Entre goles de solidão
A imagem da volúpia
Que embriaga a emoção.

Demônio do desejo
A possuir sem merecer
Saciando com escárnio
A sede de querer.

Alma quente e ébria revela
O que a sobriedade segreda em vão
Na boemia que o coração se perdeu
O vício maldito se chama paixão.

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