Minha natureza



É necessário podar-me às vezes.
Os galhos estéreis que sucumbem às rajadas da vida.
É necessário adubar-me regularmente.
As raízes frágeis que ameaçam perecer entre a podridão da Terra.
É necessário regar-me diariamente.
O tronco forte que fraqueja sob a aridez do homem.
É necessário apreciar-me constantemente.
A paisagem sublime que obscurece diante da indiferença.
É necessário replantar-me de tempos em tempos.
A vida perecível que renasce a cada morte.

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