Uma noite com Mel Gibson


Assistia numa noite destas um filme protagonizado pelo charmosíssimo Mel Gibson. Sobre o filme posso dizer que é mais um suspense policial típico do gênero americano. Muita briga, muito “racha”, muito sangue, um final infeliz para os bandidos, e justo para o mocinho. Já sobre o mocinho, devo dizer que ele já não é mais nenhum mocinho.
 O símbolo sexual dos anos 90 está envelhecendo! Mel Gibson possui rugas, pés de galinha, bolsinhas sob os olhos e todos os registros presumíveis de quem já vive há 56 anos. E a parte mais interessante do filme, para mim, foi perceber que ele mostrou tudo isto sem corte, literalmente.
Se o ator já se submeteu ao bisturi ou aos milagrosos fiozinhos, agulhinhas, laserzinhos; não posso afirmar. Mas posso dizer que foi emocionante ver um homem com condições e motivos suficientes para estar plastificado, aparentemente ao natural.
Certamente esse sentimento veio à tona depois de ter folheado algumas revistas do meio das futilidades e alguns jornais (daqui mesmo) das redondezas e vizinhança... (deixa quieto!) e testemunhar alguns homens em estado de retroação. Vou explicar.
Naturalmente os seres humanos sofrem a ação do tempo, certo? Ou seja, se você for de osso e pele verá seus ossos enfraquecerem e sua pele amolecer com passar do tempo. Só que tem gente (e neste caso específico, homens), que tenta conjugar na prática (e na marra) o verbo retroagir:
voltar ao que era; retornar ao passado
; agir sobre coisas passadas ou já existentes; modificar o que está feito; e o resultado tem sido desastroso.
 A impressão que se tem é de que o cara foi inflado. Que colocaram o bico de uma bomba em sua boca e foram enchendo, enchendo, até as maçãs do rosto ficarem salientes e coradas, os olhos afundarem  entre elas e os lábios ficarem retos e sem sulcos, igual aos desenhos de criança (._.).
Claro que isto acontece com as mulheres também, mas hoje quero tratar dos homens e do quanto estão sendo burros em não aproveitar todas as vantagens que lhes cabe, enquanto seres do sexo masculino vivendo no planeta Terra.
Senhores (vou falar-lhes com a voz da unanimidade feminina) seus cabelos grisalhos são seu maior charme. Suas rugas, pés de galinha e outras marquinhas nós sequer percebemos, porque estamos interessadas é na perfeição que não está aparentemente à mostra. Inclua-se aí personalidade, idoneidade, confiança, respeito, coisinhas que nenhuma intervenção estética é capaz de disfarçar. A menos que estejam preocupados em agradar o próprio sexo (afinal, homem é que obcecado pela beleza externa) não se transformem; se preservem.

Trocando em miúdos, preocupem-se apenas em 
proteger de algum dano futuro; defender; resguardar seus corpos.

Depois de quase duas horas na companhia do senhor Gibson, não tem como não admitir que, mesmo sem aquele rosto lisinho do passado, a face e o corpo de homem vivido (Mel soube preservar seu abdômen) continuam lhe garantindo a posição de galã, belo, atraente e... maduro.
Logo, (ainda em nome das mulheres) a medida exata para o padrão masculino não é oito, nem oitenta. Não suportamos homens com cara de bonecos inflados, isto é fato. Mas também não aprovamos barrigas infladas, este é o ponto. Portanto, caminho do meio, senhores!


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